A chance com a Ferrari
Magnussen explicou que, durante sua primeira passagem pela Haas, esteve próximo de substituir Kimi Raikkonen na Ferrari. O piloto destacou que, em 2018, sua boa performance no início da temporada chamou a atenção da equipe italiana.
"Foi meu terceiro ano na F1. Eu tinha 24 anos ou algo assim... 23? Você sabe, tudo ainda era possível. Eu ainda acreditava que era possível. E houve momentos em que senti que estava indo nessa direção", contou Magnussen em entrevista ao Motorsport.com.
O piloto relembrou que, naquele ano, enquanto Charles Leclerc fazia sua temporada de estreia pela Sauber, os primeiros meses de Magnussen foram muito positivos. Essa situação levou a Ferrari a colocá-lo como um potencial candidato à vaga de Raikkonen.
"Em 2018, tivemos um carro muito bom no primeiro semestre do ano. Charles [Leclerc] tinha acabado de chegar à F1 com a Sauber. E o início de sua primeira temporada não foi ótimo. E o meu foi muito bom! E então, de repente, a Ferrari estava estendendo a mão.
"De repente, eu estava pilotando no simulador deles, não para a Haas, mas para a Ferrari. Eles estavam farejando. E eu pensei, ok... Eu já estava ficando animado com o rumo que isso estava tomando. Mas então Charles começou a realmente matá-lo! E eu não ouvi nada."
Magnussen admite que não sabe o quão próximo esteve de conseguir a vaga: “Não sei o quão perto chegou. Mas acho que se Charles não tivesse começado a se apresentar, se ele tivesse tido uma temporada de ***** durante todo o ano, acho que teria sido um dos pilotos que eles teriam olhado.”
Recusa à Toro Rosso e a oportunidade perdida com a Red Bull
Além da Ferrari, Magnussen revelou que também teve a chance de ingressar na Toro Rosso, equipe júnior da Red Bull, após a saída de Daniel Ricciardo da equipe principal em 2018. No entanto, ele optou por recusar a oferta, uma decisão que, com o tempo, percebeu que poderia ter sido um erro.
"E depois daquela temporada, Daniel [Ricciardo] deixou a Red Bull, e eu me lembro do meu empresário falando com Christian Horner, porque é claro que todo mundo estava falando sobre o assento da Red Bull", explicou Magnussen.
"E Christian disse: 'Olha, não há nada na Red Bull, mas podemos falar sobre a Toro Rosso'. E eu disse: 'Não, não, não vamos fazer isso', o que eu provavelmente deveria ter feito."
O dinamarquês destacou que Pierre Gasly assumiu a vaga na Red Bull, enquanto Alexander Albon foi promovido da Fórmula 2 para a Toro Rosso. Mais tarde, Albon acabou ocupando a vaga de Gasly na equipe principal.
"Então, você sabe, o cara que conseguiu aquela vaga na Toro Rosso acabou na Red Bull", refletiu Magnussen.
Reflexão sobre a carreira
Apesar de todas as oportunidades e das decisões tomadas ao longo dos anos, Magnussen insiste que não se arrepende de sua trajetória na Fórmula 1.
"Eu poderia ter feito mais, com certeza", afirmou. "Você sabe, eu não acho que alguém pode dizer 'eu não poderia ter feito mais'. Acho que sempre haverá coisas... Houve momentos em que eu não trabalhei duro o suficiente."
No entanto, ele completou: "Mas houve momentos em que trabalhei duro. Eu realmente não me arrependo. Eu não acho que há nada que eu poderia ter feito para mudar o curso da minha carreira. Eu realmente duvido disso."