O austríaco relembrou como a perda de Verstappen há mais de uma década teve consequências significativas. Na época, o piloto holandês buscou oportunidades fora da Mercedes, o que culminou com sua ascensão na Red Bull e abriu espaço para Hamilton se destacar como o grande nome da Mercedes.
O desafio de equilibrar gerações
Com Antonelli progredindo rapidamente no mundo dos carros de monopostos, Wolff hesitou em oferecer um contrato longo a Hamilton em 2023. Segundo ele, um acordo de dois anos poderia limitar o crescimento do jovem talento italiano, então optou por oferecer um contrato de apenas um ano ao heptacampeão mundial.
Esse contrato mais curto acabou pavimentando o caminho para Hamilton deixar a Mercedes no final da última temporada e assinar com a Ferrari, uma mudança que surpreendeu até mesmo o chefe da equipe.
"Foi uma bola curva jogada em nós, e ainda parece estranho que ele vá usar o macacão da Ferrari e pilotar o carro vermelho", disse Wolff durante sua participação no podcast Armchair Experts with Dax Shepard.
Uma aposta no futuro
Apesar da saída de Hamilton, Wolff enfatizou que a Mercedes está em boas mãos com Antonelli. O jovem de 17 anos já se destacou ao saltar diretamente do nível da F2 para a Fórmula 1, sem passar pela FIA F3.
"É um pouco surreal. Mas tínhamos esse jovem de 17 anos na calha [Kimi Antonelli]", explicou Wolff. “Eu não queria perdê-lo, como fiz com Max [Verstappen] naquela época, [quando] eu não tinha um carro [para ele], então tudo está se encaixando.”
Wolff também demonstrou compreensão sobre a escolha de Hamilton de se juntar à Ferrari: "Eu posso entender de onde ele vem, porque não tivemos sucesso. Nosso carro não era rápido o suficiente, certamente ele tinha uma mega oferta na mesa, [e] todo piloto de Fórmula 1 quer pilotar uma Ferrari."