Ao relembrar sua experiência como piloto da Ferrari, Sainz comentou que, embora essa posição o tenha aproximado de muitos fãs, também o tornou alvo de comentários hostis. “Acho que a mídia social é um lugar muito tóxico. Sempre foi um lugar tóxico”, declarou Sainz em entrevista. Ele aproveitou a oportunidade para pedir maior responsabilidade por parte da mídia tradicional na forma como apresenta informações ao público.
Um pedido à grande mídia
Sainz acredita que a imprensa tem um papel importante para combater a toxicidade online, ajudando os fãs a entender melhor os bastidores do esporte e evitando alimentar comportamentos prejudiciais. Ele destacou que manchetes sensacionalistas podem piorar a situação:
“A partir daqui, obviamente peço também à mídia, não às mídias sociais, que tenham uma responsabilidade sobre a maneira como você informa e escreve artigos e informa aqueles, digamos, fãs menos educados ou menos compreensivos que são um pouco mais tendenciosos para um lado ou para o outro, para garantir que também possamos ajudá-los a entender como esse esporte funciona. Porque é um lugar que está se tornando cada vez mais tóxico.”
O piloto também alertou sobre o impacto de práticas comuns no jornalismo digital, como a criação de clickbaits, que, segundo ele, podem gerar desentendimentos e aumentar a polarização nas discussões sobre o esporte.
“A maneira como você pode informar, você também pode criar clickbait, o que pode causar mal-entendidos e falhas de comunicação, e pode tornar as pessoas ainda mais tendenciosas ou ainda mais tóxicas”, acrescentou Sainz.
Sainz sugere mudanças para um ambiente digital mais saudável
Em sua conclusão, Carlos Sainz deixou claro que não vê as redes sociais como um ambiente saudável atualmente. Ele sugeriu que todos os envolvidos, desde a mídia até os fãs, devem colaborar para tornar esse espaço menos hostil:
“100%, (mídia social, ed.) não é um lugar saudável no mundo agora, e eu não sou um grande fã disso. Mas vamos, entre todos nós, tentar controlar ou ajudar todas essas pessoas que estão em casa e estão se sentindo frustradas com uma ou outra, a não tirar muitas conclusões alegres umas sobre as outras.”