Priestley alerta para possível conflito interno
Marc Priestley, que trabalhou na McLaren entre 2000 e 2009, comparou a atual formação de pilotos com a tensa temporada de 2007, quando a equipe enfrentou sérias dificuldades para administrar a rivalidade entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso. Para ele, um cenário semelhante pode se repetir.
"Lando Norris e Oscar Piastri são dois excelentes pilotos e ainda têm muito potencial pela frente", disse Priestley ao Casino Uden Rofus. “Ainda há um enorme potencial inexplorado entre os dois. Nenhum deles jamais havia vencido um GP antes desta temporada, o potencial é enorme. Ambos estão em uma posição muito boa.”
Entretanto, ele acredita que, caso ambos disputem o título, a amizade e o respeito podem desaparecer. "Se ambos estão competindo pelo campeonato na próxima temporada com a única pessoa no caminho um do outro sendo eles mesmos, não há como Norris e Piastri permanecerem amigos. Eu nunca vi isso acontecer e não acho que possa acontecer", comentou.
História mostra que rivalidades podem dividir equipes
Priestley lembrou de outros casos na história da F1, como os confrontos entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Hamilton, e Ayrton Senna e Alain Prost. “Desde os sete ou oito anos de idade, esses pilotos sonham em ser campeões de F1, e sua única competição é o cara vestindo a mesma roupa na mesma garagem, eles se tornam seus inimigos. Essa é a realidade do esporte.”
Ele também destacou como rivalidades intensas podem prejudicar a harmonia interna de uma equipe. "Eu nunca vi uma equipe gerenciar com sucesso uma rivalidade como essa, e isso pode dividir a equipe ao meio, como aconteceu quando trabalhei com Alonso e Hamilton", afirmou Priestley.
Impactos potenciais na McLaren
Segundo Priestley, a McLaren pode enfrentar um desafio ainda maior caso o ambiente interno se torne tenso. “Isso pode destruir a equipe como um todo. Isso pode acontecer em 2025. Pode ser um cenário impossível para a McLaren lidar de uma maneira agradável e educada.”
Apesar das preocupações, a McLaren insiste que trata Norris e Piastri como "dois pilotos número um" e que pode manter a harmonia. Zak Brown, CEO da McLaren, já comparou a atual dupla de pilotos à era de Ayrton Senna e Alain Prost, mencionando a tradição da equipe de não priorizar um piloto em detrimento do outro.