Com a nova distribuição de funções, o comitê de auditoria não poderá mais iniciar investigações financeiras de forma independente, dependendo de um pedido do presidente da FIA para fazê-lo. O órgão regulador justificou essas mudanças com o objetivo de evitar vazamentos de informações confidenciais para a mídia – uma questão que gerou atritos entre Ben Sulayem e jornalistas desde o início de sua gestão.
No comunicado oficial, a FIA explicou que uma das intenções é "preservar e aumentar a independência do comitê de ética, reduzindo o envolvimento da administração da FIA em sua operação". A nota detalhou que, anteriormente, o comitê de ética reportava-se apenas ao presidente, mas agora passará a responder também ao presidente do Senado. Apesar disso, o comitê poderá avaliar de forma independente se deve ou não iniciar uma investigação.
Outro ponto destacado no comunicado foi a restrição na distribuição de relatórios do comitê de ética, como forma de mitigar vazamentos contínuos de materiais confidenciais. A FIA afirmou que isso não limita Ben Sulayem e Sanz de Barros de "envolver" membros e funcionários da organização em suas decisões.
Durante a temporada de 2023 da Fórmula 1, Ben Sulayem enfrentou diversas investigações por supostas interferências, mas foi absolvido de todas as acusações.
Sobre o comitê de auditoria, a FIA esclareceu que ele é considerado um órgão consultivo do Senado e que as mudanças visam reforçar esse papel. O comunicado concluiu afirmando que "as emendas propostas simplesmente esclarecem que o comitê de auditoria é um órgão de apoio ao Senado e que os regulamentos internos do comitê serão, no futuro, aprovados pelo Senado".