Hamilton, que está na Mercedes desde 2013, decidiu pilotar pela Ferrari na tentativa de ampliar sua marca na categoria. Entretanto, sua contratação foi questionada por Binotto. "Eu não o teria contratado", declarou Binotto ao jornal Corriere della Sera no início deste ano. Apesar disso, o ex-chefe da Ferrari ponderou: "Mas ele [Hamilton] fez a coisa certa ao ir, eu concordo com a decisão dele."
Por outro lado, Vasseur rebateu os comentários de Binotto de forma irônica. "Não tenho certeza se Hamilton teria ido para a Sauber!", brincou o francês, referindo-se ao atual papel de Binotto como CEO da Sauber, que se prepara para a transição para a Audi em 2026. Ele ainda completou: “Estou feliz que tantas pessoas tenham tempo para comentar sobre nossas escolhas. Estou focado no nosso trabalho, porque quando eu estava na Sauber, eu não estava falando sobre a Ferrari.”
Sainz na Williams e o contexto da decisão
Carlos Sainz, que será substituído por Hamilton, teve um desempenho consistente na Ferrari em 2024, com vitórias na Austrália e no México. Apesar de alcançar apenas uma vitória a menos que seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, Sainz terminou o campeonato 66 pontos atrás do monegasco. Vale lembrar que Sainz foi forçado a abandonar o Grande Prêmio da Arábia Saudita devido a uma apendicite, o que impactou sua pontuação final.
Já Hamilton teve dificuldades em superar George Russell em várias ocasiões durante a temporada atual na Mercedes, o que levantou dúvidas sobre sua capacidade de continuar competitivo no mais alto nível do automobilismo. Ainda assim, Vasseur demonstrou confiança na escolha. "Ele está em uma situação complicada no final de uma longa parceria, também há alguma frustração. Lewis sabia que não seria uma temporada fácil", afirmou.
Enquanto a Ferrari se prepara para receber o heptacampeão mundial, a troca entre Binotto e Vasseur ilustra a pressão e as expectativas que cercam tanto a equipe italiana quanto seu novo piloto.