Equipes preferem pilotos experientes
No cenário da Fórmula 1, é comum que as equipes escolham pilotos já conhecidos e experientes. Veja o exemplo de Daniel Ricciardo e Valtteri Bottas, que agora competem no meio do pelotão, ou em posições inferiores, sem grandes chances de ir para uma equipe de ponta. Mesmo assim, esses pilotos não foram substituídos por novatos que poderiam ter um futuro promissor na categoria. O motivo é simples: as equipes preferem trabalhar com pilotos cujo desempenho já é conhecido, e que têm menos risco de causar acidentes.
Novatos, por outro lado, são uma aposta mais arriscada. Embora possam ter um bom desempenho na Fórmula 2, não há garantias de que conseguirão repetir o sucesso na F1. Além disso, a pressão da categoria principal é enorme, e nem todos conseguem lidar com ela. Outro ponto importante é que pilotos novatos tendem a cometer mais erros, o que pode gerar danos nos carros e custos extras para as equipes. Por isso, muitas vezes as equipes optam por manter um nome familiar, mesmo que esse piloto não traga resultados extraordinários.
Williams escolhe Sainz para 2025
Recentemente, a Williams anunciou com entusiasmo a contratação de Carlos Sainz para a temporada de 2025 e além. Sainz é um piloto com vitórias em Grandes Prêmios e experiência na Ferrari, o que o torna uma escolha segura para a equipe. James Vowles, chefe da Williams, chegou a colocar Sainz entre os três melhores pilotos do grid. A expectativa da equipe é que o espanhol traga um desempenho estável e consistente, ajudando a somar pontos regularmente.
No entanto, Sainz não tem mostrado grandes resultados nos últimos meses. Embora tenha vencido um Grande Prêmio nesta temporada, seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, venceu duas vezes. Leclerc tem superado Sainz com frequência, provando que merecia a posição de destaque. Além disso, Sainz cometeu alguns erros importantes, como a colisão com Sergio Perez no GP do Azerbaijão, que evidenciou sua fase complicada.
Colapinto mostra seu valor
Enquanto isso, a Williams deu uma chance ao jovem argentino Franco Colapinto, que assumiu um dos carros da equipe, substituindo Sargeant. Colapinto rapidamente impressionou, marcando pontos logo em sua estreia em Baku. Ao contrário de Sargeant, que nunca foi considerado um talento excepcional, Colapinto mostrou que tem potencial. Mesmo assim, o piloto terá que ceder seu lugar a Sainz no fim da temporada.
É fácil avaliar a situação depois dos fatos, mas, olhando para o desempenho de Colapinto, a contratação de Sainz parece questionável. O espanhol dificilmente traria resultados muito melhores que os do jovem argentino. Além disso, Colapinto seria uma opção mais barata e poderia atrair patrocínios da Argentina. Com apenas 21 anos, ele ainda teria muitos anos pela frente para desenvolver seu talento na equipe.
Independentemente disso, Colapinto deve continuar no bom caminho que está trilhando. Se a Williams não perceber seu valor, é bem provável que outra equipe de Fórmula 1 aproveite a chance de contratá-lo, e ele mostre à Williams o erro que cometeram ao deixá-lo ir.
