FIA se pronuncia sobre a flexão das asas dianteiras
Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, explicou a razão por trás da decisão de não intervir nesta temporada no debate sobre as asas dianteiras da F1. Após as equipes da Red Bull e Ferrari, lideradas por Christian Horner e Fred Vasseur, questionarem a legalidade das asas dianteiras dos MCL38s e W15s, a FIA fez uma avaliação, mas constatou que as peças estão em conformidade com os regulamentos atuais.
A controvérsia começou durante o fim de semana em Monza, quando imagens das câmeras instaladas nos narizes dos carros mostraram os flaps das asas se dobrando para trás e, em seguida, toda a asa girando em torno do eixo horizontal. Mesmo assim, os componentes passaram nos testes de estresse da FIA, tornando-os legais segundo as regras em vigor, apesar das dúvidas sobre a flexibilidade das peças.
FIA reconhece que a situação é complexa
Em um comunicado, a FIA admitiu que a questão das asas dianteiras é "uma área desafiadora", mas confirmou que todos os componentes analisados estão "em conformidade com os regulamentos de 2024". No entanto, o órgão não descartou a possibilidade de mudanças no futuro. "Temos o direito de introduzir novos testes se houver suspeita de irregularidades. Não há planos para medidas de curto prazo, mas estamos avaliando a situação com o médio e longo prazo em mente", afirmou a FIA.
Tombazis confirma que nenhuma mudança virá antes de 2025
Nikolas Tombazis foi categórico ao afirmar que a FIA "não reagirá até 2025, no mínimo, se necessário". Em entrevista à Auto, Motor und Sport, ele explicou que alterações nas regras neste momento causariam impacto não só na aerodinâmica, mas também na estrutura das peças dos carros. "Mesmo se anunciássemos uma nova regra hoje, as equipes não estariam prontas antes de Abu Dhabi", ressaltou.
Red Bull e o dilema da flexibilidade
Enquanto isso, a Red Bull enfrenta dificuldades com seu RB20, principalmente em relação ao equilíbrio entre a frente e a traseira do carro, o que tem prejudicado seu desempenho em algumas curvas. Christian Horner, chefe da equipe, destacou após o GP da Itália que, se a FIA não agir, a Red Bull terá que adotar a mesma abordagem. "Se é aceitável, então você tem que se juntar", afirmou Horner. Contudo, a equipe ainda precisa avaliar se há tempo e recursos financeiros para implementar essas mudanças, considerando as limitações impostas pelo teto orçamentário da F1.