Estratégia da Mercedes em foco
A Ferrari surpreendeu com Charles Leclerc vencendo a prova após fazer uma parada a menos que as demais equipes de ponta. Isso se mostrou eficaz, já que o monegasco cruzou a linha de chegada em primeiro. Hamilton, por outro lado, afirmou que esperava terminar, no mínimo, à frente de Carlos Sainz.
Andrew Shovlin, diretor de engenharia da Mercedes, explicou a decisão da equipe em manter Hamilton com duas paradas. "O primeiro stint foi muito ruim com todos usando pneus médios. Quando chegamos ao segundo stint, a grande dúvida era: será que dá pra ir até o final ou teremos que parar novamente? Com a corrida de Lewis, ele estava atrás de Carlos, e não faria diferença fazer uma ou duas paradas, porque Carlos tinha pneus mais novos, o que tornava difícil superá-lo usando a mesma estratégia", disse Shovlin.
O desempenho de Russell e a chance perdida
Outro ponto levantado foi sobre o desempenho de George Russell, que largou na terceira posição, mas cometeu um erro logo na primeira curva, precisando substituir sua asa dianteira. O britânico perdeu várias posições e terminou em sétimo após uma corrida de recuperação.
Shovlin comentou sobre o caso de Russell, sugerindo que o resultado poderia ter sido diferente. "Onde faríamos algo diferente em retrospectiva é com George, que estava competindo com as duas Red Bulls. Eles estavam em uma estratégia diferente, e fomos mais conservadores. Quando tiramos os pneus do carro de George para o stint final, vimos que eles ainda estavam em boas condições, com muito mais borracha do que esperávamos. Acreditamos que ele teria sido capaz de ir até o final. Ele conseguiu ficar à frente de Sergio, mesmo com duas paradas, mas achamos que ele poderia ter terminado à frente de Max se não tivéssemos feito aquela última troca", concluiu Shovlin.