Hamilton, que se juntou à equipe de Brackley em 2013, partirá após alcançar, pelo menos, 84 vitórias em Grandes Prêmios, seis títulos de pilotos e oito campeonatos de construtores. Sua saída, sem dúvida, deixará um vazio significativo na Mercedes.
Shovlin enfatizou que a contribuição de Hamilton vai muito além de suas habilidades ao volante. Segundo ele, a equipe sentirá falta, especialmente, da "sensação do que o carro precisa" que Hamilton possui, o que sempre foi um trunfo valioso no "processo de desenvolvimento".
Além de ser um piloto excepcional, Hamilton se destacou por sua capacidade de identificar pontos fracos no carro e ajudar a configurá-lo de maneira eficaz. Isso tem sido crucial para o sucesso da Mercedes, e sua ausência representará um desafio considerável para a equipe.
"Vou sentir falta dele [Hamilton] como pessoa, porque é divertido trabalhar com ele", disse Shovlin ao ser questionado sobre o que a equipe sentirá falta do heptacampeão de pilotos. “Seu ritmo de corrida tem sido extremamente bom, mas o que ele trouxe para a equipe é uma enorme quantidade de velocidade e uma boa sensação do que o carro precisa.”
Uma das características mais marcantes de Hamilton é sua habilidade em gerenciar pneus. Ele se tornou conhecido por suas mensagens de rádio estratégicas, nas quais indicava que os pneus estavam desgastados apenas para surpreender os adversários ao estender seu stint e manter um ritmo competitivo. Essa capacidade de manipular as expectativas das outras equipes é algo que a Mercedes terá dificuldade em substituir.
Shovlin ainda destacou que, além do talento natural de Hamilton em pilotar, sua percepção inata do comportamento dos carros e dos pneus tem sido inestimável para o desenvolvimento contínuo da equipe. A ausência dessa expertise no próximo ano será sentida profundamente, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento e às atualizações necessárias ao longo da temporada.