A equipe que passa por uma fase mais complicada nesse início de temporada é a Alpine, que mesmo mudando radicalmente o projeto de seu carro em comparação com o do ano anterior, continua com desempenho extremamente fraco, sendo atualmente a pior equipe do grid, não disputando com ninguém nas últimas corridas, e ficando quase 2 segundos atrás do tempo das equipes da ponta.
E com isso, muitas mudanças têm ocorrido na equipe francesa, com membros importantes pedindo a conta ou sendo demitidos, como o CEO Laurent Rossi, o chefe de equipe Otmar Szafnauer e dois nomes de peso da equipe técnica e de gestão, com o diretor esportivo Alan Permane e o diretor técnico Pat Fry, com esses últimos optando por sair logo no início do ano após verem esse carro na pista.
Falando dos pilotos, fica a cada dia mais claro que nem Ocon e nem Gasly estão interessados em ficar na equipe, já tentando contados com outras do grid em busca de uma vaga para as próximas temporadas, já que a confiança dentro da equipe está muito baixa.
Tanto que agora, de acordo com informações do motorsport.com, a Alpine pode ser vendida em breve, já que a situação atual da equipe é a ideal para chamar a atenção de potenciais compradores, já que por estar em baixa na Fórmula 1, consequentemente, o valor de mercado cai bastante.
Devido à isso, é informado que existe mais de um potencial comprador já em negociação com a equipe, sem revelar quem seriam esses interessados. E, de acordo com informações atualizadas, uma das condições colocadas pela Alpine para a venda da equipe seria o uso das unidades de potencia Renault por pelo menos mais 5 temporadas, ou seja, até o final de 2029, para dessa forma, garantir o emprego de seus vários engenheiros que atuam na fabrica de motores e já estão trabalhando no projeto para a temporada de 2026, onde teremos um novo regulamento e um unidade de potencia mais focada na parte elétrica.
Essa condição de ser obrigada a usar motores Renault estaria atrapalhando um pouco as negociações, já que alguns compradores teriam outros planos e pretendem usar motores próprios, deixando claro que uma das interessadas é a equipe Andretti, que tem parceria com a General Motors e pode entrar no grid em breve usando os motores fabricados por sua parceira, que já se candidatou para ser uma nova fabricante de motores a partir do ano de 2028, justamente pensando nessa união com a Andretti.
Além disso, o principal motivo para os compradores não estarem interessados em usar o motor Renault é que a algum tempo, a fabricante não está conseguindo acertar em suas unidades, que hoje, é a mais fraca do grid, e as expectativas para 2026 não são das melhores, com atualmente, além da falta de desempenho, a confiabilidade desses motores Renault sendo muito ruim, o que prejudicaria demais o início de qualquer outra marca na Fórmula 1.
Bom, ao que tudo indica, essas negociações continuarão pelos próximos meses tentando resolver essas diferenças. E muito provavelmente, estamos assistindo às corridas finais da equipe Alpine na F1, já que, a não ser que façam grandes mudanças e acertem em cheio nas decisões daqui para a frente, o futuro da equipe deve mesmo ser seu fim, ou sua venda, já que nem a Renault, e nem a sua marca Alpine, querem ter o filme queimado dessa forma na principal categoria do automobilismo mundial.