O anúncio de que Carlos Sainz seria substituído por Lewis Hamilton na Ferrari para a temporada de 2025 desencadeou críticas da imprensa espanhola. Após a vitória de Sainz na etapa de Melbourne (Austrália) neste domingo, o jornal "Marca" publicou um artigo chamando Hamilton de piloto "em declínio" e questionando a decisão como uma jogada de marketing.
O jornalista Marco Canseco expressou sua insatisfação com a substituição, destacando que a escolha não parece estar fundamentada em critérios esportivos, mas sim em questões de marketing. Canseco ressaltou que Sainz vinha desempenhando bem, liderando Charles Leclerc durante toda a temporada de 2023, e considerou a mudança uma aposta arriscada.
O texto do "Marca" analisou também o caos inicial do GP de Melbourne, onde tanto Max Verstappen (Red Bull) quanto Hamilton (Mercedes) abandonaram devido a problemas mecânicos, abrindo espaço para a Ferrari conquistar uma dobradinha com Sainz em primeiro e Leclerc em segundo.
Canseco mencionou o abandono de Hamilton, sugerindo que isso evidenciou sua perda de posição como piloto principal da Mercedes. Ele especulou que Hamilton pode enfrentar dificuldades para competir com Leclerc em 2025. Além disso, o jornalista destacou a performance de Sainz, que voltou à pista após uma cirurgia de apendicite, insinuando que Hamilton receberia mais reconhecimento se estivesse na mesma situação.
“A Ferrari escolheu dispensar o seu melhor piloto atualmente, Sainz, para colocar Hamilton, um piloto em claro declínio, não só em talento como em moral e atitude. A decisão não se baseia em valores esportivos, mas sim em marketing. É muito provável que Hamilton não consiga vencer Leclerc em 2025. O feito de Sainz mereceria um documentário completo se ele fosse britânico como Lewis Hamilton, com uma vitória 15 dias após passar por uma cirurgia de apendicite e com três incisões ainda no abdômen.”
Com a vitória em Melbourne, Sainz avançou para a 4ª posição no campeonato de pilotos, acumulando 40 pontos, enquanto seu colega Leclerc está em 2º lugar, com 47 pontos. Hamilton, por sua vez, está na 10ª posição, com apenas oito pontos em 2024.