A cada semana que passa, os especialistas e analistas notam novos detalhes interessantes no projeto do carro da Red Bull, o RB20, que passou por várias mudanças da temporada passada para a atual, indo ao limite em busca de mais vantagem nessas duas temporadas finais desse regulamento.
Claro que visualmente, o foco da maioria sempre foram as entradas de ar dos sidepods, que foram reduzidas ao extremo, sem contar uma pequena entrada de ar semelhante aos zeropods da Mercedes que foram aplicadas no carro, com informações de que em breve, novas mudanças ocorrerão, levando essas ideias ainda mais até o limite.
Mas além desse detalhe mais visível dos sidepods, um dos grandes pontos positivos do carro da Red Bull foram as suspensões, que foram cuidadosamente desenvolvidas de forma à evitar que o carro mergulhe demais, por assim dizer, em curvas, com a frente abaixando demais durante uma frenagem, e consequentemente, a traseira subindo e desequilibrando o carro. Ou o oposto, com a frente do carro levantando ao sair das curvas, como consequência da aceleração brusca, e com isso, a traseira ficando muito baixa.
Com o projeto da Red Bull, o carro mantém praticamente o mesmo nível de inclinação em todos os tipos de situação, o que é ótimo para o equilíbrio, já que o carro não perde carga aerodinâmica, e também para a sensação dos pilotos ao conduzirem o RB20 durante as corridas.
Mas outro ponto forte do carro da Red Bull é que todas as suas partes, cada detalhe, trabalha para um bem maior, ou seja, para que o carro funcione como um todo, com um detalhe interessante sendo notado pelo especialista Giorgio Piola, (VEJA NO VÍDEO ABAIXO) que analisando melhor essa suspensão dianteira da Red Bull, identificou que ela também tem uma importante função aerodinâmica, já que como é possível ver nessa representação, o ângulo dos dois braços superiores dessa suspensão formam um caminho perfeito para que o ar seja enviado para o assoalho do carro de uma forma extremamente limpa, sem nenhum obstáculo pela frente.
E como sabemos, nos carros de efeito solo da Fórmula 1 atual, quanto mais ar é enviado para o assoalho, mais desempenho o carro consegue obter, já que diferente dos carros anteriores, o desempenho é gerado pelos tuneis de ar que ficam abaixo do carro, chamados Tuneis Venturi, com as equipe trabalhando a cada atualização para melhorar a eficiência desses assoalhos, mandando o máximo possível de ar limpo para eles.
No caso da Red Bull, Adrian Newey e Pierre Waché, os gênios responsáveis por essas ideias, pensaram em cada mínimo detalhe, ganhando pequenas vantagens em cada modificações, e com isso, criando um carro extremamente equilibrado e eficiente, e com muito mais downforce do que todas as outras equipes, o que possibilita a eles usarem configurações de asas dianteiras e traseiras de menor arrasto, sem perder aderência, e consequentemente, ganhando muita velocidade, tanto em retas, como em curvas.
Bom, com mais essa prova, fica claro que tudo no RB20 foi pensado de forma cuidadosa, com cada peça tendo mais de uma função e trabalhando para que esse carro seja o mais dominante e o mais copiado do grid, com isso comprovando que apenas copiar esse carro não funciona, já que é preciso entender o porque de cada coisa para que o conjunto no geral, funcione da forma correta.