Desde 2022, temos visto uma tendência crescente de cor preta retornando aos carros de quase todas as equipes da F1. Porém, o que parece ser preto é, na verdade, carbono "nu", ou seja, uma parte do carro que não recebeu pintura ou envelopamento.
Essa tendência começou há dois anos, quando os carros lançados sob o novo regulamento se mostraram significativamente mais pesados que seus antecessores. Muitas equipes tiveram dificuldade em atingir o peso mínimo, e limitar a quantidade de tinta no carro foi uma forma de economizar preciosos gramas. O diretor esportivo da Alfa Romeo, Beat Zehnder, calculou no ano passado que uma pintura completa pode adicionar até 6 quilos ao peso do carro.
No segundo ano das novas regras, quase todas as equipes conseguiram ficar abaixo do limite de peso, em parte devido a uma decisão amplamente adotada de economizar na tinta. Então, por que ainda vemos mais carros "naked" este ano?
Enquanto economizar peso é importante, a distribuição desse peso também é crucial. Quanto mais abaixo do limite de peso um carro estiver, mais peso ele precisará adicionar em outros lugares. Isso é vantajoso porque esses quilos extras podem ser distribuídos pelo chassi conforme necessário para otimizar o centro de gravidade do carro.
Embora o uso de carbono nu seja notável nos carros, há opiniões divergentes sobre seu aspecto estético. Mas é funcional? Certamente - no entanto, não seria surpreendente se medidas fossem tomadas para conter essa tendência, pois há o risco de os carros se tornarem cada vez mais semelhantes em todo o grid, comprometendo a identidade de marca de cada equipe.