Depois de conquistar oito campeonatos consecutivos de construtores durante a era híbrida V6, a Mercedes enfrentou dificuldades nas últimas duas temporadas, especialmente desde a introdução dos regulamentos de efeito solo em 2022.
A estratégia arrojada da Mercedes com o 'zeropod' não trouxe os resultados esperados, levando a equipe a abandonar o projeto no início de 2023. Agora, optando por uma abordagem mais convencional com o renovado carro W15, a Mercedes espera competir de forma mais efetiva com a Red Bull nesta temporada.
No entanto, Fry expressa dúvidas sobre a capacidade da Mercedes de dar o salto competitivo desejado, argumentando que a equipe "ficou muito para trás ao tomar um caminho técnico diferente".
"Lamento dizer isso, mas não vejo a equipe técnica tão forte o suficiente na minha ex-equipe, a Mercedes", afirmou Fry à OLBG.
“Competir com a equipe de Adrian Newey é uma tarefa difícil. Eles são uma grande equipe, mas ficaram muito para trás ao tomar um caminho técnico diferente.”
Fry destaca a importância da consistência na abordagem técnica, mencionando que, embora a taxa de melhoria seja significativa ano após ano, passar alguns anos com um conceito diferente que não funciona pode resultar em desafios.
"É fácil dizer isso em retrospectiva, mas eles estão aprendendo o que a Red Bull aprendeu há muito tempo. É difícil recuperar o atraso."
O ex-CEO expressa certo pesar ao admitir que a Mercedes pode enfrentar dificuldades em 2024, mas acredita que a equipe pode não ser capaz de superar consistentemente a Red Bull.
No entanto, Fry sugere que a Ferrari pode estar melhor posicionada para desafiar a Red Bull neste ano.
"Acho que a Ferrari vai continuar a melhorar", disse Fry.
"Fred Vasseur é muito experiente como líder de equipe, e acho que ele dará cobertura aérea das pressões da mídia italiana."
Fry aponta que a gestão de Vasseur pode ser crucial para manter a equipe calma e desmotivada sob pressão, e acredita que a Ferrari seria sua favorita para competir de forma mais acirrada com a Red Bull.